A milionária obra de duplicação em dois trechos da BR-163 ainda não tem data para ser iniciada. No ano passado, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) previu que as obras deveriam ter início no primeiro trimestre de 2015, o que não aconteceu. O órgão informou ontem que recebeu nos últimos dias os projetos básicos da duplicação nos trechos entre Cascavel e Marmelândia (distrito de Realeza) e entre Toledo e Marechal Cândido Rondon.
Segundo o Dnit, os projetos estão em fase de análise e ao mesmo tempo, conforme orientação do Ministério dos Transportes, o órgão federal aguarda a sanção presidencial do Orçamento Geral da União 2015 para fazer o empenho. O prazo para a conclusão total das obras é de 1080 dias, o que corresponde a três anos, que começou a ser contado quando foi assinada a ordem de serviço, emitida no dia 19 de setembro do ano passado.
A duplicação dos dois trechos custará aos cofres públicos R$ 885 milhões. A duplicação do trecho entre o distrito de Marmelândia e Cascavel, que corresponde a 70 quilômetros, será executado por um consórcio composto pelas empresas Sanches Tripoloni, de São Paulo, e Maia Melo, com sede em Recife (PE). As empresas venceram a licitação com a promessa de executar as obras pelo valor global de R$ 579 milhões. Já o trecho entre Toledo e Marechal Cândido Rondon terá como responsável pelas obras o consórcio formado pelas construtoras Técnica Viária e Castilho, ambas de Curitiba, além da Urbaniza, de São Paulo. O custo dos 38,9 quilômetros ficará R$ 306,5 milhões.
As obras serão executadas no sistema RDC (Regime Diferenciado de Contratações), que permite ao mesmo consórcio vencedor da licitação elaborar os projetos básico e executivo, além de executar a obra. A modalidade RDC foi criada para acelerar as obras da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos de 2016 e o orçamento é temporariamente sigiloso. As empresas vencedoras da licitação só ficaram sabendo do valor global após apresentarem suas propostas. O regime diferenciado passou a ser usado pelo governo federal praticamente em todos os empreendimentos da segunda fase do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Os dois trechos de duplicação cortarão as cidades de Toledo, Marechal Cândido Rondon, Cascavel, Santa Lúcia, Santa Tereza do Oeste, Lindoeste, Capitão Leônidas Marques e Realeza.
Fonte: Gazeta do Paraná
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