Quarta, 20 de maio de 2015 às 13:59

População boavistense realiza passeata em combate a pedofilia

Assessoria


Uma passeata foi realizada na última segunda-feira, dia 18, pelo dia do combate a pedofilia. Crianças, adolescentes, pais, professores, idosos e populares realizaram a ação para chamar a atenção da população em favor ao combate a exploração sexual infantil em Boa Vista da Aparecida. Cerca de 200 pessoas aderiram ao movimento que foi organizado pelas secretarias de saúde, educação e ação social, e que contou ainda com o apoio do conselho tutelar, polícia militar e rádio Criativa FM.
Todos vestindo preto, com faixas, flores e apitos, a passeata percorreu as principais ruas da cidade e conseguiu chamar muita atenção da população. A coordenadora do Clube da Terceira Idade e do Ciaac (Centro Integrado do Adolescente e da Criança) Marilene Klauss comenta a importância desta manifestação.
"A gente está em manifestação ajudando nossas crianças e adolescente, que muitas vezes são vítimas da pedofilia dentro de casa, ou com vizinhos. Estivemos também com a presença dos alunos dos programas sociais, como o Pro-Jovem, onde nestas ações os alunos estão sempre a frente nos ajudando. Quero agradecer a terceira idade que veio ajudar neste trabalho e pedir para que todos que saibam ou tenham visto algum caso de pedofilia, que denunciem, não deixem nossas crianças ou adolescentes sofrer abusos. Protejam nossas crianças e nossos adolescentes", enfatiza Mari Klauss.
A psicóloga da secretaria de ação social Andreia Aparecida Fae, afirma que muitas vezes as agressões sexuais estão dentro da própria casa da criança ou do adolescente e que na grande maioria dos casos, a criança tem medo de denunciar.
"A pedofilia é um dos casos mais violados que a gente tem, tanto no nosso município como no mundo em geral, por que muitas vezes tem-se medo de denunciar, ou de identificar. Normalmente os agressores são as pessoas mais próximas desta criança ou deste adolescente, que são nas suas residências, pai, padrasto, tios, a gente identifica essas pessoas como queridas da família e a criança vem sofrendo o abuso a violência sexual durante anos e a família não percebe, até mesmo os professores não percebem, a população não percebe. Por isso temos que ficar atentos as mudanças de comportamento, se a criança fica com a autoestima baixa, se isola, dificuldade de aprendizagem, são diversos os sinais que nós adultos temos que interpretar", explica a psicóloga.
A passeata teve inicio na praça municipal Elias Neves e percorreu o centro da cidade passando pelas principais ruas e avenidas. Crianças, idosos e populares carregaram faixas e cartazes com dizeres contra a pedofilia, e incentivando a denúncia, que pode ser feita por telefone de forma anônima, ligando no número 100.

Fonte:

Veja também: