Quarta, 27 de maio de 2015 às 14:27

Marcha a Brasília reúne 30 prefeitos da região Oeste

Redação


Cerca de 30 prefeitos e prefeitas da região Oeste do Paraná participam desde segunda-feira (25/5) da 18ª Marcha de Prefeitos a Brasília, que encerra nesta quinta-feira (28/5) com a presença de mais de cinco mil pessoas. Entre os prefeitos que participam da marcha está Ivar Barea de Capitão Leônidas Marques.
A comitiva oestina tem à frente o prefeito de Santa Tereza do Oeste e presidente da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), Amarildo Rigolin. "A Amop é uma associação respeitada em Brasília, os prefeitos estão em peso, mostrando a defesa de uma melhor qualidade de vida para o povo oestino", diz Amarildo.
Um dos prefeitos que compõem o grupo, Fabian Persi Vendruscolo, de Guaíra, afirma que o modelo federativo brasileiro precisa ser revisto o quanto antes. "Não dá mais para os prefeitos sobreviverem praticamente a base de emendas parlamentares. É preciso que haja uma redivisão do bolo tributário, favorecendo as cidades, porque é nelas onde as pessoas vivem e enfrentam os seus problemas do dia a dia", destaca. Segundo Fabian, o papel dos municípios precisa ser reforçado. "Não estamos mais conseguindo absorver o custo de programas que vêm de cima para baixo", diz.
Segundo Beto Lunitti, prefeito de Toledo e primeiro vice-presidente da Amop, além da diminuição da arrecadação, outros problemas da esfera municipalista orbitam em torno do evento e também estão sendo discutidos, como a polêmica questão do Projeto de Lei 448/2014, que estabelece a revisão da alíquota de contribuição do microempreendedor individual. "É preciso que sejam definidas regras específicas para esta lei, para que nem a força produtiva e muito menos os municípios saiam prejudicados", diz.
Já Marcel Micheletto, prefeito de Assis Chateaubriand, ex-presidente da Amop e candidato a presidente da AMP, diz que a Marcha tem efeito simbólico e político visíveis. "É uma grande demonstração de a força do municipalismo, expondo a angústia que os municípios estão enfrentando. Somos os primos pobres da Federação, e não tenho medo de dizer que, caso esse modelo atual seja mantido, a prefeitura que ainda não quebrou vai quebrar. Estamos fragilizados e precisamos urgentemente da reforma do Pacto Federativo", diz.

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