Um grupo de manifestantes fechou a Ponte do Rio Iguaçu, em Capitão Leônidas Marques, no oeste do Paraná, por volta das 15h30 desta segunda-feira (22). O protesto é para que a Companhia Paranaense de Energia (Copel) faça uma reunião com os manifestantes na terça-feira (23) para retomar as negociações para o pagamento de indenizações a 310 famílias atingidas pela abertura das comportas da Usina de Salto Caxias em junho de 2014. Por volta das 18h, o trânsito foi liberado.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanhou o protesto. Segundo os manifetantes, apenas ambulâncias e veículos com carga perecível foram autorizados a passar. Os manifestantes queimaram pneus para interromper o tráfego no local, mas a PRF não soube informar o tamanho da fila que se formou na rodovia.
Pela manhã, o grupo acampou em frente ao escritório da Copel, também em Capitão Leônidas Marques. A companhia marcou uma reunião com os atingidos pela abertura das comportas para quinta-feira (25). Segundo o representante dos atingidos, Sidnei Martini, após às 18h, eles retornaram para o acampamento em frente ao escritório e devem fazer uma assembleia.
Os manifestantes querem indenização para os moradores de Capitão Leônidas Marques, Capanema, Santa Lúcia, Nova Prata do Iguaçu, Boa Vista da Aparecida e Realeza. Em agosto de 2014, a Copel indenizou 11 famílias de Nova Prata do Iguaçu e Realeza.
No dia 16 de junho, uma reunião entre representantes da Copel e dos atingidos terminou sem acordo. A lista com 84 selecionados que já deveriam estar recebendo a ajuda humanitária foi aprovada pela companhia, pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública e leva em conta critérios de vulnerabilidade social e pobreza.
Na época da abertura das comportas, a Copel, responsável pela hidrelétrica de Salto Caxias, explicou que a ordem para abrir as comportas foi do Operador Nacional do Sistema, que acompanhava a evolução do nível do Rio Iguaçu nas usinas acima de Salto Caxias. Caso contrário, água poderia transbordar o limite da represa e provocar prejuízos ainda maiores.
Por meio de nota, a Copel informou que vai receber as lideranças das famílias atingidas em uma reunião na quinta-feira, às 14h, em Cascavel, também no oeste.
Ainda na nota, a companhia afirma em uma análise preliminar, das 310 famílias cadastradas pelos municípios, mais de 95% podem ser enquadradas nos critérios de vulnerabilidade social definidos pelo Ministério Público Estadual (MPE). Dessas, 36% já estão aptas a receber a ajuda. Para os demais casos, a Copel deve realizar vistoria ou solicitar documentos complementares como declaração de perdas.
Fonte: G1, fotos Rádio Interativa
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