Sexta, 29 de julho de 2016 às 20:12

Policia Civil de Capitão e do estado fará paralisação no dia 1º de agosto



A Polícia Civil de todo o estado do Paraná está em manifestação nessa sexta-feira reivindicando por melhores condições de trabalho
A Policia Civil de Capitão também integra o movimento.
Na próxima segunda-feira haverá uma reunião regional na  15.ª SDP em Cascavel com indicativo de greve. O delegado de Policia de Capitão Doutor Fabiano Moza do Nascimento reclama que com pouco efetivo os investigadores que poderiam estar investigando crimes estão trabalhando como carcereiro para cuidar dos presos na cadeia publica. Ele informou ainda que foi solicitada a transferência dos presos para a Penitenciaria de Cascavel, mas por estar em processo de reforma somente no mês de agosto para ter uma posição. Dos 23 presos na cadeia de Capitão somente um foi autorizado a ser transferido, trata-se de Mauri Antônio Birk. A cadeia de Capitão tem capacidade para 12 presos e hoje são no total 23.
 
 
 O mês de agosto deve começar com um dia de greve em todas as delegacias do Paraná. A informação foi confirmada na manhã desta sexta­-feira (22), por dirigentes sindicais do Estado. As atividades, como escolta e proteção de presos, que os policiais julgam desvio de função, não serão feitas em todas as delegacias por um dia, no dia 1º de agosto.
 
De acordo com o Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol­PR), a decisão foi tomada durante assembleia conjunta com o Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (SindipolLondrina e norte do Estado). Por enquanto, foi aprovado indicativo de estado de greve, o que significa que a qualquer momento uma greve maior pode acontecer. Por um dia, os policiais civis vão realizar somente serviços que fazem parte das próprias atribuições. O atendimento à população, de acordo com o sindicato, não será afetado.
De acordo com o sindicato, em diversas delegacias do Paraná os policiais civis são obrigados a trabalhar até 80 horas semanais, quando a atribuição é de somente 40. Além disso, o maior problema enfrentado pelos policiais é a guarda dos presos que continuam em carceragens das delegacias.
 As viaturas que não estiverem em condições de rodar também não serão usadas. Algumas delas estariam com pneus carecas, e outras não estariam com IPVA e Seguro DPVAT quitados.
 
 Hoje, o Paraná abriga 9 mil detentos, que continuam sob vigilância dos policiais, conforme a categoria.   Para dar conta de toda a demanda, o efetivo necessário hoje no Estado seria de pelo menos oito mil policiais civis. Atualmente, o efetivo da corporação é de aproximadamente 7 mil policiais, mas destes, apenas pouco mais de quatro mil pessoas, entre delegados, escrivães e investigadores, estão na ativa. SESP vai estudar a greve A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná esclareceu, em nota, que recebeu o comunicado dos sindicatos dos policiais civis e que o assunto será objeto de estudo.
 A Sesp informa que desde a quinta-­feira (21) os 1.201 agentes de cadeia contratados pelo PSS (Processo de Seleção Simplificado) iniciaram suas atividades dentro das carceragens das delegacias de todo o Estado vigiando os detentos. De acordo com a nota, a Sesp está ciente da situação de presos em delegacias e para acabar com o problema já iniciou, em conjunto com a Paraná Edificações e o Governo Federal, 14 obras de construção e ampliação de unidades prisionais que vai resultar na abertura de quase 7 mil novas vagas. A perspectiva é que 10 das 14 sejam entregues no ano que vem e as demais em 2018.
 
 

 

Fonte: Paraná On-Line e Redação Rádio Interativa

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