As lideranças da região reivindicam há anos melhorias em sua infraestrutura de transporte. Com a proposta do CMP 280, como o projeto foi batizado, a região começa a ver luz no fim do túnel. O projeto está na pauta do Governo do Paraná para o agendamento de uma audiência pública que antecipará o início do processo formal de licitação da concessão, com a publicação do edital de concorrência pública.
A proposta, que nasceu do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) do consórcio Caminhos do Sudoeste, formado por empresas paranaenses, poderá abrir um novo capítulo na história das concessões rodoviárias no Brasil e servir de exemplo para outros Estados e outros trechos rodoviários.
Com o slogan "Uma nova rodovia, por um Sudoeste melhor", o CMP 280 já foi apresentado às lideranças políticas, empresariais e comunitárias dos 42 municípios do Sudoeste e recebeu o apoio de mais de 80 entidades, incluindo a Amsop e a Acamsop-13 (Acamsop).
Pela proposta do DER, serão acrescidos 1,4 milhão de metros quadrados na rodovia, o que garantirá um aumento de aproximadamente 40% em sua capacidade de tráfego. Isso porque o projeto prevê a construção de 170 quilômetros de terceira faixa, duas novas pontes, construção do contorno viário de Marmeleiro, duplicação da travessia urbana de Realeza, implantação de vias marginais em Francisco Beltrão e Pato Branco, construção e remodelação de 17 trevos, construção de oito trevos com viadutos, reforço e alargamento das oito pontes existentes atualmente e instalação de 107 pontos de ônibus ao longo de todo o corredor.
O CMP 280 corta 13 municípios da região Sudoeste. Ele passa por Realeza, Ampére, Santa Izabel do Oeste, Francisco Beltrão, Marmeleiro, Renascença, Vitorino, Pato Branco, Mariópolis, Clevelândia, Palmas e General Carneiro, com extensão de 270 quilômetros. Além das obras previstas no projeto e da melhoria do tráfego ao longo de todo o trecho rodoviário, esses municípios serão diretamente beneficiados com um acréscimo de R$ 250 milhões em suas receitas ao longo dos próximos 25 anos, período proposto para a concessão, relativos ao ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) que o CMP vai gerar.
O projeto prevê, ainda, a oferta e manutenção de serviços para garantir a segurança e o conforto dos usuários da rodovia, com a construção de um Centro de Controle de Operações (CCO) e de quatro unidades do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU); monitoramento de 100% do tráfego por circuito fechado de TV e com sistema de radiocomunicação; oferta de resgate mecânico, com guinchos leves e pesados, e de socorro médico, com ambulâncias; e instalação de 28 fiscalizadores de velocidade, painéis de mensagem veicular e um posto de pesagem veicular.
Fonte: jornal Beltrão