Terça, 24 de junho de 2014 às 08:20

Prejuízos com a enchente em Nova Prata do Iguaçu é de R$ 15 milhões

Fonte G1


A Prefeitura de Nova Prata do Iguaçu, no sudoeste do Paraná, apresentou nesta segunda-feira (23) para a direção da Companhia de Energia do Paraná (Copel) o levantamento dos prejuízos causados pela abertura das comportas da Usina de Salto Caxias no dia 7 de junho. O valor chega a R$ 15 milhões.
Durante a reunião desta segunda, o prefeito de Nova Prata do Iguaçu, Adroaldo Hoffelder (PMDB), leu um relatório com todas as perdas nos município. "Nós já marcamos novamente no dia 4 de julho uma reunião, na parte da manhã para checar e confrontar esses dados para então sair uma proposta de que forma a Copel irá atender essas famílias", explicou o prefeito.
Entre as famílias atingidas, está a do agricultor Vaílson Munaretto. Ele e a mãe foram resgatados no telhado da casa quando o sítio estava tomado pelas águas. "Um prejuízo sem tamanho, que o cara não sabe nem fazer as contas de quanto foi perdido", lamenta o agricultor.
De acordo com o prefeito, a diretoria da Copel garantiu que vai reconstruir as nove casas que foram arrastadas pela enchente. Enquato isso, as famílias aguardam em casas de parentes ou emprestadas.

A abertura das comportas da Usina de Salto Caxias foi autorizada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) para aliviar a pressão na barragem da usina, que é abastecida pelo Rio Iguaçu. Com a chuva, o nível do rio subiu demais e causou enchentes em várias cidades. As famílias que moravam abaixo da Usina não foram avisadas e não conseguiram salvar os bens materiais.
"O Operador agiu de forma correta e os procedimentos foram feitos corretos dentro de uma situação de emergência, sem precedente histórico no Paraná. Os modelos meteorológicos não puderam prever tanta chuva", explica o diretor de geração de energia da Copel, Sérgio Lamy. De acordo com a empresa, a abertura das comportas foi necessária para evitar que a água transbordasse o limite da represa.
Conforme a Copel, se isso acontecesse, os prejuízos poderiam ser ainda maiores na região. "As decisões tinham que ser rápidas e havia uma certa dificuldade de contatar as famílias. Todos os rios na região da usina também tiveram as vazões elevadas. Tivemos dificuldade para mobilizar as nossas equipes", conta Lamy. Segundo ele, houve deslizamentos nas estradas que levam até a usina, impossibilitando o aviso às vítimas antes da abertura.

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