Quinta, 24 de julho de 2014 às 09:12

Invasão na Araupel coloca mais de mil empregos em jogo

Com informações do Portal Cantu e CGN


A invasão da Araupel na semana passada coloca em risco 1.050 empregos diretos na sede da empresa em Quedas do Iguaçu. Os moradores temem que a invasão force o fechamento da empresa e consequentemente enfraqueça o comércio local. A própria empresa já havia se manifestado sobre os riscos de suas operações na cidade caso ocorresse uma nova ocupação.
A Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná) emitiu nota lamentando a invasão na Araupel. Para a entidade, a Araupel é uma empresa que há décadas contribui com o desenvolvimento econômico de vários municípios das regiões Oeste e Sudoeste.
Pelas redes sociais moradores de Quedas do Iguaçu e região também demonstraram preocupação com a invasão.
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiu durante a madrugada de quarta-feira (17) uma área da fazenda Araupel, entre os municípios de Rio Bonito do Iguaçu e Quedas do Iguaçu. Segundo o movimento, 3 mil famílias participaram da ocupação. Boa parte dos invasores é formada por filhos de sem terra. Esta é a quarta invasão de terra que a empresa sofre nas últimas duas décadas. Dois terços de sua área já foram desapropriados pelo governo para fins de reforma agrária que resultaram nos assentamentos Ireno Alves, Marcos Freire e Celso Furtado. Juntos eles formam hoje o maior assentamento da América Latina.
O diretor da Araupel, Tarso Giacomet, criticou o posicionamento Senador Roberto Requião (PMDB), o qual concedeu uma entrevista a uma emissora de rádio do município defendendo a invasão e que, na opinião da empresa, pode ter incentivado a ação dos sem terra. Ele acusou a empresa de ser usurpadora de terras públicas e questionou se ela possui a documentação.
A empresa informou que elaborou um dossiê com documentos provenientes de cartórios públicos do Paraná contendo toda a cadeira sucessória do título dominial daquelas áreas desde o tempo imperial até a compra de 1972. São documentos públicos.

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