Sexta, 25 de julho de 2014 às 13:32

Contra invasão, sociedade de Quedas do Iguaçu cogita mobilização

Fonte: Jornal OParaná


Sem previsão de qualquer tipo de negociação entre MST (Movimento Sem Terra) e Araupel, a sociedade civil organizada de Quedas do Iguaçu está programando uma grande mobilização na próxima quarta-feira.
De acordo com o presidente da Associação Comercial e Industrial da cidade, Reni Felipe, uma nova reunião está programada entre todos os envolvidos na ocupação da Fazenda Rio das Cobras, na terça-feira. "Há quase dez dias nossa cidade está vivendo sob pressão e até agora nada foi resolvido. Agora a sociedade como um todo, assim como ocorreu em maio, antes da invasão, vai se mobilizar, caso nada seja definido na semana que vem".
Conforme Reni, na quarta-feira, dia 30, será feriado na cidade. "Vamos fechar as portas do comércio, fazer uma mobilização na parte da manhã e estamos prevendo, para a parte da tarde, outro ato na praça de pedágio em Nova Laranjeiras".
Segundo o empresário, na quarta-feira o Governo do Estado ofereceu escolta policial para que os funcionários possam trabalhar na empresa. "Esse será apenas o primeiro ato da sociedade. Se for necessário, vamos organizar outros até que alguma coisa seja resolvida."
Ele destaca que a Associação não é contra os assentados, nem contra o MST (Movimento Sem Terra), mas apenas querem preservar os empregos. "Caso as famílias permaneçam na área invadida, a Araupel já sinalizou que vai sair da cidade. E para nós, comerciantes, será um prejuízo muito grande". Reni comentou ainda que o comércio já sente os efeitos da invasão. "O movimento está muito fraco, a população está com medo de gastar e ficar sem emprego, sem renda."
Segundo o presidente da Associação, a situação no local é a mesma desde que os sem-terra entraram na fazenda, no dia 17 de julho. "Nada mudou. Eles continuam lá, a polícia está fazendo seu papel de tentar evitar algum tipo de confronto e o que nós, como entidade de classe estamos orientando, é que os comerciantes e a população como um todo, coloque em suas casas e seus estabelecimentos, bandeiras e faixas brancas para que saibam que não queremos confronto, apenas resolver essa situação."

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