No coletivo, entre os passageiros, foi verificado na bagagem de Nádia Martins Castro, 20 anos, poucos mais de 10 Kg de maconha. A mulher foi presa e encaminhada à Delegacia de Polícia de Realeza, procedimento normal em qualquer situação de flagrante. Porém, ao chegar na delegacia com a mulher, no início da madrugada desta quarta-feira (26), a equipe de PMs foi informada que o flagrante só seria feito a partir das 09 horas da manhã, quando é iniciado o horário de expediente da Polícia Civil.
O delegado de Realeza, Lucas Mariano Mendes, informou que a medida já havia sido comunicada ao comando da Polícia Militar por meio de uma portaria. O motivo seria o reduzido efetivo e a sobrecarga de trabalho da Polícia Civil na Comarca de Realeza. Sem alternativa, os policiais permaneceram na delegacia até o horário combinado, quando foram atendidos.
Em conversa com a reportagem, o delegado alega que por várias vezes tentou se reunir com o comando do BPFron para acertar a melhor maneira de resolver situações que ocorrem fora do horário de expediente da delegacia, mas nunca teve o pedido correspondido. “Todas as reuniões foram desmarcadas e nunca consegui conversar com o comando, por isso tomei essa iniciativa”, disse.
O comandante da Companhia do BPFron (Batalhão de Fronteira) em Santo Antônio do Sudoeste, Tenente Ricardo Pazin de Souza, garante que a situação dessa madrugada prejudica o trabalho de fiscalização na região. Mesmo assim, as operações serão mantidas, porém a equipe deverá se concentrar em outras cidades da região, a fim de que possa ser feito o flagrante em caso de apreensões e prisões. Uma das alternativas apontadas pelo oficial é realizar a fiscalização em Capitão Leônidas Marques, município próximo de Realeza, mas que fica já no oeste do Estado.
Fonte: Portal RBJ