Quinta, 25 de setembro de 2014 às 10:53

Ato de moradores pede liberação da construção da Usina de Baixo Iguaçu

Fonte: G1 e Redação





Mais de 1.500 moradores de cinco municípios vizinhos à Hidrelétrica de Baixo Iguaçu, no sudoeste do Paraná, protestaram na manhã de quarta-feira (17) no canteiro de obras da Usina para pedir a liberação das obras da usina, suspensas pela Justiça Federal por problemas com as licenças ambientais.
Desde a interrupção, ao menos 1,3 mil trabalhadores foram demitidos.
De acordo com o presidente da Associação Comercial de Capanema, Luiz Hartman, a situação tem gerado efeitos negativos principalmente no comércio local. "Mais de R$ 7 milhões deixaram de circular por mês no comércio de Capanema desde o início das dispensas".
A manifestação em frente ao portão de entrada do canteiro de obras em Capanema começou por volta das 8h30 e foi encerrada às 10h e contou com a participação de moradores também de Capitão Leônidas Marques, Realeza, Nova Prata do Iguaçu e Planalto. Além de operários demitidos, familiares, comerciantes e prefeitos, o ato teve o apoio de agricultores que negociam a indenização sobre as terras que serão alagadas com a construção da usina.
Em ato de protesto, os empresários mantiveram seus estabelecimentos comerciais fechados durante toda manhã de quarta-feira. Boa parte acompanhou a movimentação no canteiro de obras. Prefeitos ou representes dos municípios envolvidos se pronunciaram e pediram uma solução rápida.
O Consórcio Geração Céu Azul, responsável pela obra, informou que busca reverter a decisão judicial e retomar os trabalhos. Caso o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) mantenha a decisão, devem permanecer empregados apenas os trabalhadores suficientes para a manutenção da obra. A previsão das empresas era de que a construção gerasse até 2016 três mil empregos.
A licença de instalação da usina, que estava sendo construída entre Capitão Leônidas Marques e Capanema desde julho de 2013, foi suspensa pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, em Porto Alegre (RS), em junho. De acordo com a decisão da justiça, ao emitir a liberação o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) não considerou a manifestação prévia do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o Parque Nacional do Iguaçu, unidade de conservação vizinha à obra.
A situação depende agora de julgamento do Supremo Tribunal Federal.



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