Em um mês o município esteve estampado nas capas de jornais e noticiários de TVs e Rádios.
Empresas fantasmas suspeita de fraude em licitações para contratação de efetivo e por ultimo a suspeita de fraude nas provas do concurso publico tem chamado a atenção dos moradores e tem deixado a administração na saia justa.
O caso mais recente é a suspeita de fraude no concurso publico. A denúncia ao Ministério Público foi feita por Valdecir Teixeira da Cruz, candidato ao cargo de vigia. Antes de ter ido ao MP, ele também comentou o caso com outros moradores de Lindoeste.
Na conversa gravada, sem ele saber, Valdecir afirma ter recebido o gabarito com as respostas das mãos da vice-prefeita, Alessandra Bueno da Silva e com conhecimento do prefeito, José Romualdo Pedro, o Zezinho.
A denúncia entregue ao Ministério Publico relata que parentes e pessoas próximas ao chefe do Executivo foram aprovados no concurso para 67 vagas em 27 cargos efetivos.
Entre os documentos entregues ao MP, há uma declaração assinada por Valdecir confirmando os fatos denunciados, entre eles, o de que Alessandra, a vice-prefeita, marcou com o candidato a vaga de vigia em uma quebrada para entregar uma cola com respostas de 39 das 40 questões da prova.
A denúncia também foi repassada ao fiscal do concurso, Euzébio Silvério da Rocha, que é vereador no município.
Ele levou o caso ate a comissão de fiscalização que em ata pediu a suspensão da homologação do resultado. O diretor de controle interno da prefeitura também pediu a suspensão da homologação.
O vereador Euzébio, que diz estar sendo ameaçado, afirma que cumpriu com a obrigação dele levando a denuncia a comissão.
Com a denúncia, outros vereadores também questionam o resultado do concurso. Se a fraude for confirmada, centenas de pessoas terão sido prejudicadas. O concurso teve mais de 800 candidatos como destaca o vereador Euri Chieiro.
Por enquanto, a denúncia não chegou oficialmente a Câmara de Vereadores da cidade, mas o presidente da casa, vereador Cidinho Bala, espera que a investigação seja rápida e completa para poder discutir o assunto em plenário.
Depois da denúncia do candidato a vigia, outros candidatos aos cargos oferecidos pela prefeitura enviaram um abaixo assinado aos vereadores, exigindo uma investigação e também a suspensão do concurso.
Até o momento o prefeito e a vice de Lindoeste não se pronunciaram com a imprensa para esclarecer os fatos. Na prefeitura ninguém esta autorizado a falar sobre o assunto, lá dentro as informações são desencontradas. Primeiro a recepcionista diz que a vice-prefeita estava no local. Depois, o Secretário do Gabinete, informou que ela havia viajado.
Em nota, divulgada na semana passada, o prefeito de Lindoeste, José Romualdo Pedro, nega que ele ou que a vice-prefeita, Alessandra Bueno da Silva, interferiram no concurso.
O prefeito afirma ainda que a cola apresentada pelo candidato é uma prova fabricada com um fundo politico. Mesmo assim, a denúncia será apurada com rigor.
Ele determinou a abertura de um procedimento administrativo para averiguar os fatos denunciados, afirmando que vai "punir com rigor qualquer ato ilegal, procurando resguardar o município de Lindoeste.
E as denuncias contra a administração de Lindoeste não param por ai.
Uma investigação do Ministério Publico também foi aberta para apurar irregularidades na contratação de empresas fantasmas..
Na cidade, onde funciona um salão de beleza, no Centro de Lindoeste, deveria existir a Instaladora Jurisch, uma empresa fornecedora de materiais elétricos, mas a dona do prédio confirma ter alugado a sala no ano passado para uma empresa que nunca funcionou e o aluguel durou apenas dois meses.
Os vizinhos do prédio, meio desconfiados e sem saberem que estavam sendo gravados também afirmam que a empresa nunca existiu.
Mesmo sem nunca ter existido na cidade, a empresa de Cristiano Jurisch, foi uma das vencedoras de uma licitação feita pela Prefeitura de Lindoeste no ano passado para o fornecimento e manutenção de materiais elétricos. O valor foi de pouco mais de R$ 160 mil, a empresa de Cristiano, ficou com uma parte de R$ 24.281.
O problema é que a licitação exigia que as empresas interessada teria que ser da própria cidade, mas o CNPJ de Cristiano está cadastrado em Santa Lucia, cidade que fica a 12 quilômetros de Lindoeste.
E não é só isso, o contrato homologado no ano passado, já foi aditado duas vezes agora em 2018, o último aditivo foi assinado neste mês, mesmo com a empresa não instalada na cidade.
O Advogado que representa a prefeitura de Lindoeste, confirmou que a empresa foi desativada na cidade, mas continua fornecendo os serviços estipulados no contrato. Mesmo assim o dono será notificado porque não informou a prefeitura sobre a extinção do negocio em Lindoeste.
Fonte: Colaboração Catve e redação
