Quarta, 04 de março de 2015 às 09:18

CAPITÃO - BR 163: Comércio de cidades do Oeste e Sudoeste do Paraná fecham as portas em protesto

Redação e G1


Comerciantes de vários municípios da região Oeste e Sudoeste, inclusive Capitão Leônidas Marques fecharam as portas por duas horas na manhã de sexta-feira (27) para protestar contra a alta carga tributária sobre os produtos e serviços. Os empresários reclamam ainda do descaso do governo com os vários setores da economia e da onda de corrupção pelo país.
Em Capitão L. Marques, quase mil pessoas, entre caminhoneiros, comerciantes e professores protestaram e fecharam a BR 163 em frente ao posto 25 de Julho por duas horas.
O empresário e ex-prefeito de Capitão Claudio Quadri falou sobre a manifestação. "Temos que demonstrar a nossa insatisfação com o governo federal, as atitudes que o governo tem mostrado nos últimos meses são incompreensíveis: altas taxas de impostos, preço abusivo do combustível, aumento do IPVA, energia elétrica subindo, são contas que o povo brasileiro não consegue entender. Estamos sim apoiando essas classes, porque não estamos nada contentes com o que está acontecendo no nosso Paraná e no Brasil".
Cerca de 17 municípios aderiram ao dia de mobilizações na região: Flor da Serra do Sul, Mangueirinha, Marmeleiro, Dois Vizinhos, Capanema, Pranchita, Ampére, Renascença, Itapejara dOeste, Planalto, Santa Izabel do Oeste, Salto do Lontra, São Jorge do Oeste, Chopinzinho, Pérola dOeste, Palmas e Capitão Leônidas Marques.
Em Francisco Beltrão, produtores de leite também fizeram um ato no calçadão do Centro da cidade para mostrar os prejuízos do setor. "Estamos há vários meses acumulando perdas. Primeiro foi a falta de pagamento das indústrias, que aos poucos está se normalizando, depois a queda do preço em 40% nos últimos três meses, e agora os bloqueios nas estradas", apontou o presidente da Rural Leite, Maciel Comunelo.
Por causa das interdições nas estradas, o leite de 90% dos produtores da região não está sendo coletado. "Tudo está sendo jogado fora, na lavoura e em lagoas. São cerca de 2,7 milhões de litros por dia que não podem ser aproveitados. Alguns ainda estão conseguindo escoar para a indústria local. Mas, se continuar assim, daqui a pouco todos serão afetados", comentou Comunelo ao explicar que o leite produzido na região abastece também indústrias de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. O mesmo acontece com os criadores de aves.
Ainda segundo o presidente da associação, o leite que está sendo dispensado pelos produtores não pode ser doado ou vendido diretamente aos consumidores porque é conservado resfriado in natura, antes de passar pelo processo de pasteurização, feito na indústria.


 Redação e G1

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