Quinta, 29 de julho de 2021 às 12:30

Farmacêutica de Capitão orienta sobre os cuidados com a ‘farmácia caseira’


A farmácia caseira é bem comum no Brasil como forma de ajudar nas emergências do dia a dia. Ao mesmo tempo, significa acesso mais fácil a remédio diante de alguma necessidade e, geralmente, sem a devida orientação do(a) clínico geral ou do(a) especialista para saber se seria adequado ao paciente.
Em 2019, uma pesquisa do Instituto Datafolha encomendada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) constatou que o hábito de manter uma farmácia caseira é comum a 77% dos brasileiros que fizeram uso de medicamentos nos últimos seis meses. Deles, 47% se automedica pelo menos uma vez por mês e 25%, diariamente ou ao menos semanalmente.

No entanto, a automedicação aumenta o risco para outros problemas. Segundo o site do CFF, uma pesquisa feita por um grupo de farmacêuticos aponta que 52,8% das intoxicações registradas no Brasil entre 2010 e 2017 aconteceram por ingestão de medicamentos. Foram 298.976 casos de intoxicação, conforme o DataSus, sendo que a automedicação correspondeu a 17.923 dos registros, ou seja, 15,15%.
Cuidados com medicamentos em casa

O ideal é que as pessoas tenham em casa curativos, esparadrapos, luvas, termômetros, bolsa térmica, antissépticos, algodão, ataduras, compressas, soro fisiológico em frascos com tampas, álcool, tesoura de ponta arredondada.

Além dos medicamentos dos tratamentos feitos pelos moradores da casa, muitos estoques incluem antitérmicos, analgésicos, xaropes, anti-inflamatórios, antialérgicos, antigases, antiácidos, etc.
Todos devem ficar acondicionados em local com temperatura ambiente, longe de ambientes muito quentes; separados de alimentos, em compartimento ou caixa trancada, para evitar a ingestão acidental por crianças. Alguns exigem refrigeração, portanto, devem ser guardados na geladeira, mas não na porta, nem perto do congelador.

As caixas e bulas originais devem ser mantidas para ajudar a identificar as datas de validade e a finalidade de cada um. O ideal é verificar constantemente. Medicamentos vencidos ou que mudaram de cor e consistência devem ser descartados.
 
Medicamentos que já foram utilizados por qualquer razão não devem ser ingeridos novamente sem a orientação de um especialista. Na mesma linha, não é recomendado tomar remédios que funcionaram com vizinhos e conhecidos, pois cada organismo reage de forma específica. A dose que funciona com uma pessoa pode causar desde alergias a intoxicações graves em outra.

Além disso, o uso de medicação por conta própria pode mascarar sintomas e levar ao agravamento do quadro. A associação a outra medicação pode ser ainda mais perigosa: pode impedir o efeito ou causar uma reação cruzada diante da combinação das substâncias ingeridas.

A Farmacêutica do Posto de Saúde Central de Capitão Leônidas Marques Renata Soares, conversou com a nossa reportagem para orientar a população quanto aos procedimentos corretos com a farmácia caseira.

Fonte: Da Redação

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