Sexta, 27 de agosto de 2021 às 10:57

Chuva traz alívio momentâneo para agricultura de Capitão; Queda na safrinha será de mais de 50% no Paraná


As chuvas que chegaram ao município de Capitão Leônidas Marques trouxeram um certo alívio para o homem do campo da nossa região. A estiagem que já vem se arrastando ainda é uma preocupação para o homem do campo.
 
O Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, reduziu novamente a previsão de produção de milho da segunda safra 2020/21. A nova estimativa é de que sejam produzidos 5,9 milhões de toneladas, queda de 186 mil toneladas em relação ao que se previa em julho.
 
Se fosse uma safra normal e seguisse a previsão inicial, os produtores estariam colhendo 14,6 milhões de toneladas de milho. A redução é consequência da longa estiagem enfrentada pelo Paraná, das duas geadas mais fortes deste ano e da incidência de pragas, sobretudo a cigarrinha, que provoca a doença conhecida como enfezamento.
 
“A perda no campo é de 8,7 milhões de toneladas e isso está impactando o mercado em termos de abastecimento”, disse o técnico do Deral Edmar Gervásio. Segundo ele, o Estado pode precisar buscar fora em torno de 5 milhões de toneladas, o que já começa a ocorrer com milho vindo até do Nordeste do País e de países como Paraguai e Argentina.
 
Dentre as culturas de inverno, o Deral reduziu também a estimativa de produção do trigo. Em julho, projetava-se 3,9 milhões de toneladas. Agora, foi rebaixado para 3,7 milhões, mas ainda assim superior à anterior, de 3,2 milhões de toneladas. “A produção chegaria a 4 milhões de toneladas se não tivessem perdas”, disse o agrônomo Carlos Hugo Godinho.
 
Por enquanto, as perdas são de 7% em relação ao potencial, principalmente por causa das geadas no oeste e pela manutenção da seca no norte do Estado. No entanto, há previsão de chuvas para os próximos dias. “Caso se confirmem, dão condição bastante favorável para não perder mais, e aquelas que ainda têm possibilidades, de se desenvolverem muito bem”, afirmou Godinho.
 
O agrônomo de Capitão L. Marques - Marcelo Primo, em entrevista à Rádio Interativa falou sobre a chuva – cerca de 12 milímetros que foi importante principalmente para brotação da pastagem.
 
 

 

Fonte: AEN / Redação / O Paraná

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