Sexta, 22 de janeiro de 2016 às 13:52

Indústria Pratense de confecções fecha e 58 trabalhadores são prejudicados

Fonte - Folha do Lago e Jornal de Beltrão

Os funcionários da Kasely Indústria e Comércio de Confecções de Nova Prata do Iguaçu levaram um susto ao voltar para o trabalho nesta segunda-feira, 18, após férias coletivas iniciadas dia 17/12/2015. Ao chegarem na empresa, no Bairro Industrial do município, se depararam com as instalações fechadas e a ausência dos proprietários sem qualquer notificação ou aviso do que estava acontecendo.

Segundo alguns funcionários, durantes as férias coletivas houve boatos de que máquinas estavam sendo retiradas do estabelecimento, e que os dirigentes da empresa Solange Candido e Antônio José Candido haviam se mudado do município.

Ao se depararem com as portas fechadas os 58 funcionários, solicitaram ajuda do Sindeconfab (Sindicato dos Trabalhadores Confecções de Francisco Beltrão) e da Secretaria de Indústria e Comércio de Nova Prata do Iguaçu representada pela Secretária Marli Orben. Os mesmos compareceram durante a tarde em uma reunião no local e juntos com a posse de uma chave fornecida por uma funcionária adentraram ao local, onde foi verificado se algumas máquinas haviam sido retiradas. Neste momento alguns funcionários afirmavam faltar maquinas, e foi levantado a possibilidade de haver máquinas da prefeitura dentre as que sobraram no local, que foram cedidas em comodato a empresa. Devido a situação a secretária Marli Orben solicitou um prazo para averiguar se realmente há maquinas da prefeitura no local.

Os representantes do Sindeconfab que estavam no local tentaram acalmar os ânimos dos funcionários que estavam preocupados com a situação de descaso e falta de pagamento dos meses de novembro e dezembro. Segundo a presidente do Sindicato Eloir Aparecida de Oliveira, no dia os ânimos estavam exaltados e devido a isso o sindicato preferiu se retirar. "Na segunda-feira recebemos a denúncia e nos dirigimos a Nova Prata para verificar a real situação da facção, como já é de praxe fomos acompanhados dos advogados do sindicato para orientar os funcionários e tomar as medida cabíveis para auxiliá-los, e compreendemos a preocupação e a exaltação devido a situação em que todos se encontraram" afirmou a presidente que destacou que uma das primeiras medidas do sindicato seria avaliar o patrimônio da empresa para solicitar venda judicial para que seja quitado parte dos débitos com os funcionários.

Carlos Anceshium, um dos funcionários mais antigo da facção falou em nome dos demais colegas. "Ficamos extremamente abalados com toda essa situação, ouvíamos constantemente a palavra crise, mas acreditávamos que isso não aconteceria onde trabalhávamos, os boatos durante o fim de ano eram grandes a respeito de fechamento, mas custávamos acreditar. E chegar para trabalhar e não encontrar os patrões, tudo fechado e dar falta de alguns maquinários nos deixou sem chão, somos pais e mães de família, aqui ninguém trabalhava por esporte, quem trabalha em facção é por que realmente precisa, temos contas e compromissos a cumprir, trabalhamos e cumprimos nossas metas e obrigações não esperávamos mais que nossos direitos trabalhistas reconhecidos, e o descaso tanto dos proprietários como a falta de sensibilidade do sindicato nos deixou profundamente desacreditados", argumentou Anceshi.

Todos os funcionários esperam que tanto o sindicato, proprietários como a administração não os abandone nessa situação e aguardam compreensão de todos perante essa difícil situação.




Fonte - Folha do Lago e Jornal de Beltrão


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