Quarta, 12 de março de 2014 às 08:47

Mudança no traçado da BR 163 põe empresas e empregos em perigo.

População quer dialogar com o Dnit para encontrar uma solução alternativa


A duplicação do trecho de cerca de 80 quilômetros entre o trevo da BR-277, em Cascavel, até a ponte sobre o rio Iguaçu, em Marmelândia, distrito de Realeza, é uma obra aguardada há anos pela comunidade dos municípios cortados pela BR-163. No entanto, uma dúvida tem consumido empresários, líderes e moradores nos últimos meses. É sobre o traçado da obra, que se for severamente alterado trará sérios prejuízos principalmente à economia de Santa Maria, distrito de Santa Tereza do Oeste, e a Lindoeste.
O prefeito de Lindoeste, Sílvio Santana (PMN), diariamente é interpelado sobre o traçado da rodovia. "Recente audiência em Toledo, para discutir essencialmente a duplicação em direção a Marechal Cândido Rondon e a Guaíra, indicou para mudanças no nosso percurso e isso foi suficiente para que as pessoas ficassem temerosas, principalmente empresários". Caso a 163, que corta a cidade de Lindoeste ao meio, mude de localização várias empresas correrão o risco de fechar as portas, haverá desemprego e impacto à economia do município.
Quatro quilômetros
A 163 atravessa o perímetro urbano de Lindoeste por uma extensão de quatro quilômetros. Embora as primeiras células dos povoados que formariam a cidade sejam mais antigas que a rodovia, o crescimento foi impulsionado pela pavimentação da BR, hoje uma das mais importantes devido à sua estratégica função de ligar estados do Sul, do Centro-Oeste e do Norte do Brasil.
São cerca de 180 os estabelecimentos comerciais construídos e mantidos às margens da 163, em Lindoeste. Juntos, dão ocupação e renda a mais de 500 pessoas
Na cidade, a BR se transforma na sua principal avenida e há sim, segundo o gestor público, espaço para a construção da segunda pista. Além de Lindoeste, Santa Tereza do Oeste e Santa Lúcia também tem conexão direta com esse trajeto da 163.

Preocupado com o assunto, o prefeito de Santa Tereza do Oeste, Amarildo Rigolin (PP) esteve há alguns dias com o superintendente do Dnit no Paraná, José da Silva Tiago. A finalidade foi buscar informações que pudessem tranquilizar principalmente os empresários. A informação preliminar é que, ao contrário de Lindoeste, uma das pistas seria mantida no distrito, mas mesmo assim haveria redução do fluxo de viajantes e prejuízos aos comerciantes.

No recente encontro com o superintendente do Dnit, Amarildo Rigolin foi informado de uma reunião previamente agendada para o próximo dia 15, em Santa Tereza. A finalidade seria apresentar o pré-projeto e explicar aspectos técnicos considerados na definição do traçado. Entretanto, o prefeito ainda não obteve confirmação da data. .

O prefeito de Lindoeste, Sílvio Santana (PMN), diz que a comunidade quer apenas poder colaborar com o Dnit na busca de soluções que garantam a execução da obra, mas com o menor impacto possível à vida dessas comunidades, principalmente sem prejuízos de ordem financeira.
A previsão é que a licitação da duplicação desse trecho da 163 ocorra ainda neste semestre.

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