Segunda, 16 de maio de 2016 às 15:02

Agricultores voltaram a ocupar canteiro de obras da Usina Baixo Iguaçu

Redação

Os agricultores voltaram a ocupar o canteiro de obras da Usina Baixo Iguaçu em Capanema na manha dessa segunda-feira.

No sábado eles foram forçados a deixarem o local. Um interdito proibitório foi determinado pela justiça e ainda estabelecia multas a 12 agricultores lideres da manifestação caso permanecem no local. Na manha de hoje foi eles se reuniram e decidiram ocupar novamente o canteiro da Usina.


A manifestação começou na manha de sexta-feira paralisando toda a obra onde conta com aproximadamente 1,2 mil funcionários.


A assessoria de imprensa do Consorcio alegou que duas empresas estão fazendo analise para apresentar uma contra proposta e o que o trabalho ficaria pronto no fim do mês de julho. Também destacaram da dificuldade da permissão dos agricultores para que os técnicos tenham acesso às cerca de 400 propriedades cadastradas e que poderão ser atingidas.


A Usina Baixo Iguaçu em construção no Rio Iguaçu terá a área envolvendo terras de agricultores dos municípios de Capanema, Capitão Leônidas Marques, Nova Prata do Iguaçu, Planalto e Realeza.

Nessa manha os agricultores se reuniram e voltaram a ocupar o canteiro de obras visando pressionar o consorcio empreendedor formado pela Neoenergia e Copel a fim de receber as indenizações das terras com valores praticados no mercado hoje.




Um ato Isolado foi ocorreu no acesso da balsa que liga o município de Capitão Leônidas Marques a obra, mas um dos integrantes do movimento dos atingidos afirmam que este, não foi um ato planejado por eles



A empresa alega que agora que estão fazendo um levantamento do valor das terras para apresentar para os atingidos, mas, segundo os mesmos, já foram feitos estes levantamentos. Mas, os atingidos cansados já de comparecer as reuniões e a empresa mudar a data, se reúnem para tomar providencias.


O MAB divulgou em sua pagina oficial a seguinte noticia

Após os episódios de repressão policial ocorridos na última sexta-feira (13), quando doze atingidos foram detidos pela PM sob a falsa acusação de furto, hoje (16) pela manhã, os atingidos pela UHE Baixo Iguaçu voltaram a ocupar o canteiro de obras da usina.



Segundo a coordenação do MAB na região, a mobilização foi motivada pelo descaso que o poder público, em especial o governo do Paraná, sobre as rédeas de Beto Richa, e o consórcio que controla a usina, tem tratado as famílias atingidas.



Em vídeo, atingidos desabafaram sobre o tratamento opressor sofrido pela PM na última sexta-feira, após a falsa acusação de terem furtado um rádio amador.

"Fomos humilhados pela PM. Não somos ladrões, somos trabalhadores".

Segue a pauta completa de reinvindicações das famílias atingidas pela UHE Baixo Iguaçu:

- Retomada imediata das negociações com as empresas: Geração Céu Azul e Neoenergia/COPEL, além do governo do Estado, com imediata e efetiva garantia dos direitos dos atingidos. Presença também do órgão licenciador, IAP e responsabilização por eventuais falhas e/ou negligencias na fiscalização das condicionantes. Além disso, exigimos a presença do Ministério Público, da Assembléia Legislativa (ALEP), da Defensoria Pública do PR, da comissão de DH da ALEP e da OAB em todas as negociações.

- Audiência com governador do estado do Paraná Carlos Alberto Richa.

1) Áreas de terras para reassentamento para as famílias atingidas (conforme já discutido que sejam indicadas, imediatamente, bem como a garantia de enquadramento das famílias para além do valor das cartas de crédito);

2) Reajuste imediato dos preço das terras para indenização (conforme estudo oficial apresentado pela SEAB a defasagem dos valores apresentados pelo consórcio variam entre 23 e 30%);

3) Plano de Desenvolvimento (conforme reuniões e encaminhamentos que o estado do PR juntamente com o BNDES disponibilizem recursos para projeto de desenvolvimento regional, nas áreas de produção, industrialização, comercialização e assistência técnica, coordenado pelo MAB e Fórum das Entidades do Sudoeste);

4) Plano Urbanístico Marmelândia (conforme acordado em reuniões anteriores, que até o momento não tem nenhuma proposta concreta);

5) Não utilização da violência policial e do aparado do estado contra a manifestação, que é pacífica e legítima, haja visto o descaso e o desrespeito do consórcio em relação a garantia dos direitos das famílias atingidas.

A ocupação do canteiro de obras continua até que uma efetiva e concreta resposta a pauta de reivindicações seja apresentada.


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