Quinta, 13 de outubro de 2016 às 13:24

Professores aprovam greve geral a partir de segunda-feira. Em Capitão deve ter pouca adesão


Os professores da rede estadual de ensino do Paraná decidiram nesta quarta-feira (12) aprovar o indicativo de greve geral por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (17) em todo o Paraná. Cerca de 4 mil pessoas participaram da assembleia da categoria, em Curitiba. A decisão foi tomada um dia depois de o governo do estado suspender a tramitação, na Assembleia Legislativa, do projeto de lei que adia o reajuste salarial do funcionalismo público que estava programado para janeiro.
As reivindicações da greve são justamente a retirada das emendas da Lei de Diretrizes Orçamentarias (LDO) do Executivo que afetem o cumprimento da data base da categoria; o pagamento e implantação de promoções e progressões; a equiparação de salários dos funcionários das escolas com o salário mínimo regional; o abono das faltas registradas no dia 29 de abril de 2015; e o reajuste do vale transporte dos professores contratados em regime de Processo Seletivo Simplificado (PSS).
Além disso, foram incluídas demandas nacionais na pauta dos professores. A categoria é contra a Medida Provisória (MP) do Ensino Médio; contra a PEC do Teto de Gastos; e contra a reforma da previdência.
De última hora, os profissionais chegaram a votar uma proposta de greve apenas parcial, mas a ideia foi rejeitada. Alguns professores contrários à deflagração da greve alegaram o recuo do governo do estado na questão da data base da categoria e que a categoria começaria a paralisação enfraquecida.
A decisão pela greve é uma resposta à proposta do governador Beto Richa (PSDB) de suspender por tempo indeterminado o reajuste de todo o funcionalismo público estadual. Conforme o Executivo, a data-base deve ser quitada depois que todas as promoções e progressões devidas sejam implantadas e pagas no estado. No ano passado, Richa já havia se comprometido a pagar integralmente a inflação de 2016 aos servidores, acrescida de 1%, em 2017.
Em Capitão Leônidas Marques a paralização deve ser parcial, segundo a representante da APP-sindicato de Capitão, Neiva Stulp, a paralização não deve ter muita aderência por parte dos educadores do Colégio Estadual Antônio de Castro Alves.
Ela ainda ressalta que os motivos para a pouca aderência é de que o sindicato da categoria briga mais por direitos políticos do que pela própria classe.
 
No Colégio Estadual Carlos Argemiro Camargo, uma reunião deve ocorrer no fim da tarde de hoje, para professores colocarem suas opiniões, se vão ou não, entrar em greve, como comenta o Diretor Luiz Carlos Ledur.
 
O governo, porém, argumenta que suspendeu o trâmite do projeto no Legislativo para que a questão possa ser debatida com os funcionários públicos. Para o dia 19, está convocada uma reunião com todas as categorias, na qual o Executivo pretende apresentar a situação financeira do estado e abrir espaço para que técnicos da Fazenda expliquem os números aos servidores.

 

Fonte: Da Redaçao e Gazeta Do Povo

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