Terça, 03 de junho de 2014 às 13:43

Dnit nega risco de queda, mas licita reforma de ponte no Rio Iguaçu

Fonte: Jornal O Paraná

 
Pós sucessivas negativas de risco de queda da ponte sobre o rio Iguaçu, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) decidiu contratar empresa especializada para reparar danos na estrutura. A precária condição foi denunciada há dois anos e meio ao órgão federal, que chegou a encaminhar técnicos ao local para análise aprofundada, no entanto, negou qualquer abalo à estrutura. A licitação ocorreu sem grandes alardes, em março. Pelo certame, o valor máximo seria de R$ 853.805,15. A comissão de licitação, em Curitiba, considerou procedente a documentação e a proposta feita pela Ivano Abdo Construções e Incorporações Ltda. A empresa deu lance de R$ 840.924,91 para executar as lajes de transição e restauração das juntas da ponte sobre o rio Iguaçu. Os motoristas que trafegam pelo trecho da BR-163, entre Capitão Leônidas Marques e Realeza, ficam expostos a graves consequências. As fissuras das lajes no pavimento chegam a nove centímetros e temem o balanço da ponte. Em setembro do ano passado, sacos com pavimento foram colocados debaixo da ponte. "É muito perigoso, parece que não suportará o peso da carga. Toda vez que passamos por aqui, tememos a queda. É preciso que se faça algo para evitar desastres", diz o caminhoneiro Antônio Prides, que vem do Rio Grande do Sul para transportar trigo ao Mato Grosso do Sul.
A obra contratada terá que ser executada em quatro meses, na ponte sobre o rio Iguaçu. Além da implantação de vigas, estão previstos redutores de velocidade e pequenos reparos. Os serviços contemplam reivindicações dos moradores, que cobravam uma resposta do Dnit. "Com o movimento intenso de veículos, a estrutura cedeu, mas nada que gerasse um risco. O problema maior estava nessa incerteza. Havia receio, em função do movimento das vigas, mas essa obra traz maior tranquilidade e conforto", enfatiza o prefeito de Capitão Leônidas Marques, Ivar Barea.
A ponte sobre o rio Iguaçu, entre Capitão Leônidas Marques e Realeza, foi construída há mais de 30 anos, época de tráfego pela BR-163 diferente do atual. A rodovia virou um dos principais corredores entre os estados do Sul, Centro-Oeste e Norte do Brasil e chega a receber nove mil veículos por dia, desses cerca de mil são ônibus e caminhões. Em dezembro de 2011, o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) transferiu a responsabilidade da BR-163 para o Dnit, que desativou a balança de cargas em Lindoeste. A consequência foi o dano ao pavimento e também aos alicerces da ponte sobre o rio Iguaçu. Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Dnit confirma o processo licitatório de reparação da estrutura, no entanto, não fala em reforço da segurança. A obra, segundo o órgão federal, é apenas para dar mais conforto aos motoristas. "A empresa está se mobilizando para iniciar os trabalhos nos próximos dias, o Dnit já emitiu a ordem de início dos serviços autorizando o início das obras, que têm como objetivo executar uma laje de transição entre a rodovia e a ponte. Com a laje de transição, os motoristas poderão transitar com mais conforto pelo local, tanto na entrada, como na saída da ponte".

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