A situação mais crítica está nos bairros por onde passam rios. Na região do Parque Agari, Vila Garcia e Jardim Esperança, moradores contam que perderam tudo. Uma loja chegou a ser invadida pela água na principal avenida da Vila Garcia. A proprietária lamenta a perda de todo seu estoque.
No Parque São João, segundo informações de populares, o muro de uma casa na rua Aldo Santana não suportou o volume de água e cedeu.
A cena de móveis boiando em residências se repetiu ainda no Jardim Ouro Fino, Guaraituba e na Vila São Vicente, onde a avenida Domingos Peneda ficou intransitável.
No centro da cidade não foi diferente. Houve pontos de alagamentos na Avenida Maximiano da Fonseca, Tv. Correia de Freitas e rua Júlia da Costa. Bairros arredores também foram afetados: na Costeira, moradores usaram barcos para cruzar as ruas, e tentar salvar algum pertence das casas inundadas.
Na Vila Divineia e Labra, a obra inacabada do canal contribuiu para agravar a situação. O canal transbordou e a água invadiu diversas casas localizadas nas proximidades.
Já nas Colônias, o estado de alerta foi máximo. Desde as chuvas de 2011, quando deslizamentos derrubaram pontes e assorearam rios, moradores disseram que não viam uma tromba d’água tão forte. Na Colônia Pereira, a estrada de terra mais parecia um rio. Não houve informações da situação nas demais localidades, ou de vítimas.
Chuva mais intensa nos últimos 20 anos
O Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), informou que no período das 20h às 05h30, o acumulado da chuva em Paranaguá chegou a 206 milímetros. Para se ter uma ideia, em março de 2011 durante as enchentes que arrasaram a região, o volume foi de 115 milímetros registrado na estação de Morretes.
Em toda a região de Paranaguá, o instituto estima que tenha chovido mais de 250 milímetros. A média esperada para o mês de janeiro era de 300mm.
Equipes da Defesa Civil em atuação
O Secretário Municipal de Segurança de Paranaguá, João Carlos Silva, reforçou que as equipes da Guarda Civil Municipal e Defesa Civil estão atendendo chamados em todas as regiões da cidade. Moradores que estariam desalojados, estavam sendo conduzidos por ônibus, disponibilizado pela secretaria, à escola Parque Awaji, no Parque São João.
Um ponto de coleta de doações para os afetados também foi aberto na sede da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil (Comdec), localizado na altura da praça da Sereia no Aeroparque. As doações, importantes para ajudar quem mais precisa neste momento, e serão separadas e distribuídas pela Guarda Civil.
Fonte: agoralitoral