Segundo o estudo, municípios com população inferior a 5 mil habitantes (1.301 em todo o Brasil, 96 no Paraná e 11 da região Oeste) tendem a não apresentar condições mínimas para prestar os serviços básicos e a fusão representaria um ganho de escala, com o aumento da população, além da redução de cargos políticos, aumento da poupança dos cofres públicos, maior independência financeira e dinamismo econômico municipal.
O relatório indica que os municípios desse porte não produzem receita suficiente para se manter. “São inviáveis de serem sustentáveis economicamente. O que recebem é inferior ao que necessitam para manter os serviços básicos”, explicou Bonilha.
Segundo ele, a fusão ou incorporação traria economia com a extinção também das câmaras de vereadores. Atualmente, independente do tamanho, cada município tem direito a ter no mínimo nove vereadores. De acordo com Bonilha, o TCU se comprometeu a sugerir ao Congresso Nacional a criação de uma comissão para debater o assunto.
REGRAS
Atualmente, a criação de municípios é feita através de lei proposta pelas câmaras de vereadores, e a realização de plebiscitos. Para a fusão ou incorporação, o caminho seria o mesmo. Bonilha defende que o poder para promover a reincorporação desses municípios às cidades de origem seja transferido para as assembleias legislativas. “Hoje o caminho de ida e de volta é o mesmo, o que não parece muito atraente”, justificou.
Municípios do Oeste paranaense atingidos pela proposta do TCE:
Município População
Anahy |
2.908 |
Campo Bonito |
4.210 |
Diamante do Sul |
3.562 |
Entre Rios do Oeste |
4.357 |
Iguatu |
2.303 |
Iracema do Oeste |
2.487 |
Quatro Pontes |
4.014 |
Ramilândia |
4.410 |
Santa Lúcia |
3.965 |
São José das Palmeiras |
3.832 |
Serranópolis do Iguaçu |
4.645 |
Fonte: O Paraná