Os problemas envolvendo obras de infraestrutura na região oeste do Paraná não param e têm tudo para piorar em 2018, principalmente por se tratar de ano eleitoral. Além dos percalços com as duplicações das rodovias pedagiadas, outras duas duplicações de estradas federais causam preocupação, e com razão. A destinação de recursos a partir de emenda parlamentares, confirmada pelo ministro dos Transportes, Maurício Quintella, mês passado, para importantes obras de infraestrutura na região não é garantia da retomada da duplicação dos 38,9 quilômetros da BR-163 entre Toledo e Marechal Cândido Rondon (R$ 49,5 milhões) nem da continuidade e conclusão dos 73,4 quilômetros de pista dupla da mesma rodovia, só que no percurso entre Cascavel e Capitão Leônidas Marques (R$ 100 milhões).
Durante sua visita à região, Quintella garantiu que os quase R$ 150 milhões seriam liberados ainda neste ano. Ocorre que, dos R$ 100 milhões para o trecho Cascavel/Capitão, uma parte expressiva apenas vai repor os caixas da Construtora Sanches e Tripoloni, que usou recursos próprios para não interromper os trabalhos. O restante servirá prioritariamente para intensificar as obras da ponte sobre o Rio Iguaçu, em Capitão Leônidas Marques.
Mesmo assim, a liberação desse montante ainda está longe de ser suficiente para concluir os trabalhos. No trecho entre Cascavel e Capitão a estimativa é de que 40% estejam prontos, em uma obra que vai consumir R$ 579 milhões dos cofres públicos. Uma emenda da bancada paranaense proposta ao Orçamento da União prevê mais R$ 150 milhões para 2018. Ocorre que não se trata de uma emenda impositiva e, assim, não há garantias de que o recurso seja liberado, pondo novamente em risco a continuidade dos trabalhos no próximo ano.
Uma frente intensifica os trabalhos agora na ponte sobre o Rio Iguaçu. Segundo a Construtora Sanches e Tripoloni, são pelo menos 100 homens que trabalham na fundação. Esta etapa deve estar concluída no fim do próximo mês. A construtora não confirmou quanto tempo será preciso para que a segunda ponte esteja pronta, mas afirmou que, por causa das chuvas, a obra está um pouco atrasada. A Sanches e Tripoloni também não confirmou se os R$ 100 milhões anunciados por ministro Mauricio Quintella mês passado já estão disponíveis para novas medições. A construtora certificou que outros grupos de trabalho permanecem em outros pontos, na duplicação da rodovia.
Fonte: O Paraná