Quinta, 10 de maio de 2018 às 11:18

Chuva e frio estão a caminho


Depois de 40 dias de estiagem e na metade do outono, a região oeste pode esperar por chuva. Segundo o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná), há confirmação para precipitação no oeste nesta sexta-feira. Não será o volume necessário para amenizar a secura no campo, mas estão previstos 22 milímetros que prometem recuperar parte das lavouras de milho e permitir a intensificação do cultivo do trigo, que já está atrasado quase um mês. A chuva de amanhã pode vir acompanha por rajadas de ventos de até 60 quilômetros por hora, a exemplo das observadas na noite da última terça-feira, quando chegaram perto dos 65 quilômetros por hora.

O meteorologista do Simepar Fernando Mendes explica que a ventania tem sido provocada em decorrência de temperaturas mais baixa nas Regiões Sul, Centro-Sul e Leste, enquanto no oeste e no noroeste elas estão mais quentes e essa diferença de pressão favorece a circulação dos ventos. Esses são alguns dos sinais de mudança para a quebra do bloqueio atmosférico que impedia o avanço de nuvens mais carregadas e a chegada de uma frente fria de leve intensidade. Isso significa que ainda não é aquele frio de rachar, mas a temperatura mínima no sábado promete baixar para 12ºC e a 11ºC no sábado e no domingo. A máxima nesses três dias varia de 21ºC a 25ºC.

No início da próxima semana as temperaturas têm elevação gradativa e pode haver pancadas isoladas de chuva já na segunda-feira. A intensificação da precipitação ocorre a partir de quinta para sexta-feira da próxima semana quando há previsão de 56 milímetros de chuva e no sábado, 61 milímetros. “Nesse caso, há previsão da chegada de uma massa de ar frio que pode derrubar as temperaturas. Isso ainda pode mudar com excesso de nebulosidade, por exemplo, mas por enquanto a previsão é para fazer 8ºC na região de Cascavel no domingo da próxima semana”, segue o Mendes. O frio mais intenso está previsto para o dia 22 de maio, quando a mínima pode chegar a 6ºC.

Ainda não há alerta para geada para essa data, mas não está descartada que ela venha em baixa intensidade Quem planta está sempre de olho no mercado. Aquela ideia do verdadeiro empreendedor rural para saber que momento é o ideal para vender e se capitalizar. Por isso, além das condições internas para abastecimento da indústria nacional, existem os fatores externos que são os grandes influenciadores dos preços. Ontem, por exemplo, a soja no balcão estava cotada a R$ 75 (saca de 60 kg).

Com o prêmio chegava a R$ 78,50 e, para embarque em junho, R$ 80. Mas esse vem sendo um cenário que se modifica todos os dias e não deve alterar sua volatilidade tão cedo. O bom aproveitamento das vendas, de mais de 60% dos estoques brasileiros, está pautado nas políticas protecionistas do mercado americano, na briga comercial travada entre Estados Unidos e China e na promessa do país asiático em sobretaxar a soja norte-americana, medida que tem favorecido o mercado brasileiro.

Na região essas vendas chegaram a volumes ainda maiores. Segundo balanço de cooperativas e armazéns, em torno de 30% do que foi colhido na safra passada - cerca de 1,1 milhão de toneladas - segue estocado. “E essa freada vertiginosa nas vendas neste mês de maio também sofreu influência no interior, porque o frete subiu bastante para chegar até o porto”, acrescenta o especialista.

Fonte: O Paraná

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