Dois milhões de frangos deixaram de ser abatidos no oeste do Paraná nesta quarta-feira (23), segundo a Associação das Cooperativas Industriais da região (Cotriguaçu).
Em todo o país, o corte chega a 20 milhões de frangos, o equivalente à metade da produção diária, conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal.
Atualmente, o Paraná é o maior produtor e exportador nacional de frangos, responsável por 35% das vendas do produto para mais de 160 países em todo o mundo.
A Frimesa, cooperativa de produtos alimentícios estabelecida em Medianeira, na região oeste, suspendeu o abate de suínos por tempo indeterminado.
Com a suspensão das atividades, a empresa vai deixar de abater 8 mil suínos por dia. A Frimesa detalhou que 85% dos alimentos produzidos são vendidos no Brasil e 15% são voltados para a exportação.
Em várias propriedades os produtores de leite estão colocando fora a produção, com a manifestação os caminhões que recolher o produto não consegue chegar.
João Marcio Pereira Neto é presidente de uma cooperativa leiteira e destaca os efeitos da greve.
De acordo com Marcio, o reflexo do desabastecimento já será sentido pelos consumidores.
A greve já causa desabastecimento no Ceasas.
Na Ceasa de Foz do Iguaçu a queda no movimento de cargas passa de 90%. Na segunda-feira (21), foram recebidas 390 toneladas de hortifrutigranjeiros, na terça, 40 toneladas, e nesta quarta ontem, 23 toneladas. Já estão faltando batata, tomate e cebola.
Na Ceasa de Cascavel, o volume de cargas teve redução de 88%, caindo de 250 para 30 toneladas. Segundo os distribuidores, a previsão é que se a paralisação dos caminhoneiros continuar, produtos devem começar a faltar nos supermercados a partir de quinta-feira (24).
No sudoeste, cidades como, Capanema Nova Prata do Iguaçu, Nova Esperança do Sudoeste e Clevelândia estão sem combustíveis.
A falta de diesel fez a Prefeitura de Ampére suspender o uso das máquinas a partir desta quarta. A medida tem como objetivo reservar combustível para as ambulâncias.
Uma faculdade também suspendeu as aulas porque muitos alunos da região não estão conseguindo chegar até a cidade porque os ônibus estão sendo parados nos bloqueios.
Em Pato Branco, motoristas de vans escolares estão reforçando a paralisação dos caminhoneiros e prevêem que se os bloqueios continuarem até o fim de semana, deverão suspender o serviço de transporte de estudantes a partir de segunda.
O donos destes postos ficam com um baixo estoque e conseguem atender os motoristas com dificuldades devido a falta do combustível que não chega.
Aqui em Capitão Leônidas Marques, alguns postos já estão sem gasolina e álcool nas bombas.
Na tarde de ontem os donos de carros correram para os postos abastecer o seus veículos e com isso gerou uma grande fila para conseguir abastecer.
Em alguns postos da região o preço do litro da gasolina chegou a ser comercializado á R$ 6,29 e em outros 5,79.
O Procon foi comunicado sobre essa situação e faria a verificação dos combustíveis.
Com a falta de combustíveis ate mesmo Voos estão sendo cancelados, em alguns aeroportos os passageiros terão que esperar para viajar. Com é o casso do prefeito de Capitão Claudio Quadri, que está em Brasília e não consegue retornar devido a falta de combustível para abastecer os aviões no aeroporto da Capital Federal.
Os reflexos da greve já estão sendo sentidos nos supermercados aqui de Capitão, algumas mercadorias já estão em falta, como leite, verduras e carnes.
O frigorifico Scapini emitiu uma nota nesta quarta feira suspendendo o abate de animais até que a situação seja normalizada.
Ontem tarde os caminhoneiros fizeram aqui em Capitão uma carreata pela Avenida Iguaçu pra chamar atenção da sociedade.
Os caminhoneiros seguem parados nas margens da BR 163, próximo ao Posto 25 de Julho em Capitão.
Fonte: G1 e Rádio Interativa
