Prefeitos da região, deputados, Ministério Público, Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu, e representantes do Estado, MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens e agricultores estiveram reunidos na Casa da Cultura Vitor Valendolf.
A Copel e o IAP – Instituto Ambiental do Paraná não mandaram representantes para a audiência, mas o IAP se manifestou por meio de nota dizendo que tomará providências quanto as famílias afetadas no prazo de 20 dias, principalmente do remanso.
Após o discurso dos membros da mesa de honra, e um momento lúdico apresentado pelos atingidos para demonstrar o descontentamento da classe, o Frei Luís Antônio Ceriolli mediou o debate entre agricultores e autoridades presentes, onde os agricultores puderam expor seus casos para as mais de 300 pessoas presentes no local.
Segundo a coordenadora do MAB, Maristela Costa Leite, após a ouvir as explanações de agricultores e da comunidade que se manifestaram durante a audiência, disse que querem mudar a lei e que a luta é justa e legítima. Que existem diversas formas de tentar criminalizar a luta e organização dos agricultores. Que é de responsabilidade do Consórcio o encaminhamento via Cartório das áreas remanescentes. Mencionou sobre a forma de trabalho da Comissão Multidisciplinar. Quanto aos casos judicializados, pleiteou uma imediata suspensão dos mesmos a fim de que sejam reavaliados e conciliados. Que não devem ser obrigados a cumprir as medidas impostas sem diálogo. Que as famílias atingidas já têm posição. Que remanso é lago e precisa ser indenizado. Que a forma de indenização deve respeitar os termos do acordo. Que é necessário um prazo para reunir a Copel, IAP, Igreja, MP, Defensoria Pública e atingidos para se tirar do papel os encaminhamentos dessa audiência pública.
O Representante do Governo Estadual nas questões fundiárias Hamilton Seriguelli, declarou que está ajustando junto com a Defensoria Pública a questão das datas solicitadas pela representante do MAB.
O secretário municipal de assuntos do Baixo Iguaçu, Orlandino Prause informou que o reassentamento será cobrado, assim como o atendimento da Defensoria Pública, o remanso junto ao IAP e a questão das custas cartoriais.
O Prefeito de Capitão Claudio Quadri, informou que está à disposição para discutir essa questão junto aos órgãos competentes juntamente com representantes dos atingidos. Que nenhum agricultor será desamparado por falta de apoio do poder público de Capitão.
O Prefeito de Nova Prata do Iguaçu, Adroaldo Hoffelder destacou o trabalho realizado durante a tarde de ontem.
O empresário Alencar Trevisan que também foi atingido e já foi indenizado, se manifestou durante a audiência pedindo que se chegue logo a um acordo para resolver os problemas dos demais agricultores.
Estiveram presentes ainda na audiência: Elizandro dos Reis – Vice-Prefeito de Capitão Leônidas Marques; Milton Andreolli – Prefeito de Realeza; Deputado Estadual Professor Lemos; Representante do Ministério Público do Paraná, comarca de Capitão Leônidas Marques – Erigiane Galvão; Representantes da Câmara Municipal de Vereadores – Valcir Lucietto e Luis Vieira; Nelson Luersen – Deputado Estadual; Representante do Deputado Assis do Couto, Ivar Barea; Representante do MAB – Elias Soares de Carvalho; Amauri de Carvalho CEBI; Paulo de Souza – representante da Prefeitura Capanema.
Fonte: Da Redação