Quarta, 19 de setembro de 2018 às 08:15

Número de presos está acima da capacidade na cadeia de Capitão


Um relatório anual do Conselho Nacional do Ministério Público aponta que há dificuldade em apurar um número correto da falta de vagas no sistema prisional no Paraná.

Os números apurados, com base em visitas mensais de promotores, são diferentes dos apresentados pelo Estado e nenhum serve como base para criação de política pública. A afirmação é do próprio Ministério Público.

Os dados que foram possíveis de ser compilados mostram que faltam 4.744 vagas no sistema prisional do Paraná.

O Estado tem 26.534 pessoas privadas de liberdade, das quais 20.618 estariam em penitenciárias e outras 5.916, em delegacias de polícia.

Nas delegacias, a falta de vagas no Paraná é ainda maior do que nas penitenciárias. Os números que foram possíveis de ser apurados apontam que faltariam 3.432 vagas para presos que deveriam ser provisórios contra 1.312 para presos que já tem penas confirmadas pela Justiça.

Em Capitão Leônidas Marques, a cadeia publica está com numero de presos acima da capacidade, conforme relata o Delegado Dr. Thiago Teixeira.

O Dr. Thiago Teixeira também destaca que não é de competência da Policia Civil cuidar dos detentos e que esse trabalho seria de responsabilidade do Depen (Departamento Penitenciário do Paraná ), destaca o Delegado.

Por outro lado, o próprio Departamento Penitenciário do Paraná, divulgou no início do ano, que o déficit de vagas somente em delegacias é próximo de 10 mil vagas no Estado.

O relatório aponta que 83% das delegacias contêm presos já condenados; 96% das delegacias de polícia civil possuem inquéritos policiais em trâmite há mais de dois anos, sem solução.

 O Ministério Público cobra um plano sólido para resolver o problema. Segundo o promotor, a criação de vagas é imprescindível.
 
A superlotação não é um problema apenas dos presos. Ela causa insegurança à sociedade, prejudica o trabalho da polícia, do Ministério Público, e consequentemente o da Justiça.

O Paraná é a quinta unidade da federação com o maior número de mandados de prisão em aberto. São 27 mil mandados que aguardam cumprimento, segundo levantamento mais recente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de junho deste ano. 

Fonte: Da Redação

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