O aumento no número de casos de suspeita de dengue colocou o Paraná em alerta. Com 11 mil habitantes, o município de Uraí registrou 33 casos confirmados da doença desde agosto do ano passado. No Paraná, o total é de 129 casos em apenas 33 municípios. Destes, há dois casos com sinais de alarme e um considerado grave.
A circulação do vírus no Paraná é mais intensa no Norte, no Noroeste e aqui na região Oeste, com o agravante que, das 19 estações meteorológicas espalhadas pelo Estado, 17 registram alto risco climático para proliferação da doença.
Outro agravante é a crescente circulação do vírus da dengue tipo 2. Até o ano passado, a grande maioria dos casos registrados no Paraná, cerca de 90%, era do tipo 1. E é importante lembrar que pessoas que já são imunes ao tipo 1 ainda podem ser infectadas pela dengue do tipo 2.
A Secretaria de Estado da Saúde já enviou ao município de Uraí dois equipamentos de fumacê para reduzir os mosquitos que estão no ar. Também foi reforçado o envio de repelente para uso de gestantes e crianças de até 5 anos e material educativo.
Em Capitão Leônidas Marques, a chegada do verão, com temperaturas mais altas e o clima chuvoso dos últimos dias, propicia o acúmulo de água e o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, o que preocupa os agentes de endemias e a Secretaria de Saúde. A Coordenadora das agentes de Endemias do município, Neureci Ferreira, faz um alerta e pede para que a população contribua no combate ao mosquito.
O último LIRAa (Índice que mede a infestação do mosquito) realizado em Capitão Leônidas Marques em outubro do ano passado, apontou mais de 4% de infestação, índice bem acima do normal que é menos de 1%, conforme explica Neureci.
Até o final deste mês um novo levantamento será realizado pelas equipes de endemias. A coordenadora de endemias orienta a população para que em caso de sentirem os sintomas da dengue, procurem o quanto antes o atendimento médico.
O verão é a estação do ano que mais concentra casos de dengue no Paraná. As temperaturas mais quentes favorecem a eclosão dos ovos do mosquito. Os ovos geralmente são depositados em água parada e podem sobreviver por mais de um ano à espera de um clima propício para se desenvolver.
Entre os criadouros mais comuns estão vasos e pratos de plantas, garrafas plásticas, copos plásticos, sacolas, latas e outros materiais recicláveis. Também existem outros vilões que nem sempre estão à vista, como calhas entupidas, bromélias e bandejas externas de geladeira.
Os tipos de criadouros citados representam em torno de 60% dos depósitos onde são encontradas as larvas do mosquito.
Os tipos de criadouros citados representam em torno de 60% dos depósitos onde são encontradas as larvas do mosquito.
Fonte: Da Redação
